terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Uma simples melodia

Autor: Jojoca Estevão

Veio a mente a impressão rápida e clara .
Lá – a nota branca, tão simples que deu a cor a melodia.

E duas notas brancas já ligadas, no compaço seguinte.
Agora é tempo de uma pausa.
Pausa de quatro tempos.

E uma nota cheia ligando uma colcheia no contra tempo do compasso
Agora passando para o próximo compasso, alinha que liga dura.
Liga uma colcheia, liga um sentimento

Uma pausa de dois tempos
C uma ultima nota cheia
Que fecha mais um compasso

Um pulo de S eu dou.
Logo depois um ritornelo
Sigo pra casa dois.

Piano.
Piano.
E, um travessão dobrado
No ultimo compasso de quatro tempos.

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Artigo

Espelhos


Autor: Jojoca Estevão

No espelho
Meu reflexo
Seu reflexo
Abstrato, cúbico, quadrado
Perfeito.

No espelho.
O lado obscuro.
Retrato do passado.
Presente, futuro de cada um de nós

Claro, imperfeito
Reflexo poético

Pelo outro lado.
A mutação.
Aparente transparência.
De ser hoje o que fomos ontem.
O espaço do aço
O reflexo da solidão.

Livraria Memorial

Livraria Memorial
ladeira do porto de São Mateus ES

Sala de aula

Sala de aula
Domingos Martins ES

Carta ao Vento



Autor: Jojoca Estevão



Ventos do norte, sul, leste, oeste, minuano que às vezes encontro dentro do coração.
Vento frio, que a madrugada traz arrepios ao corpo inteiro.
Vento forte.
Vento norte
Traga-me de volta a brisa de uma linda manhã de sol do sul do seu coração
Vento frio como uma geleira me de mais emoção, do seu olhar sobre a vida
Ouça...
Vento da beira mar beira mor
Vento que chega lento vento da madrugada
Vento que chega em desalinho
Que descarrila as nuvens brancas no céu
Vento que me desperta.
Sopra ao meu ouvido em festa.
Vento forte.
Vento.
Levanta a poeira da estrada
Sacode e não deixa nada de pé
Levanta a barra da saia da morena que passa pelo calçadão da praia.
Vento me leva vento.
Vento de onde vem, pra onde vai?
Vento cadê?
Cadê?
Vento! Fuu!
Passou.